
Já pensava Capitão Nascimento: "todo mundo tem sua válvula de escape".
E não é preciso anos de estudo e discussões existenciais com brigas de ego pra se chegar a conclusão de que isso é verdade.
Pessoas assistem filmes e choram, escutam música e enlouquecem, vão a templos e oram, fumam, bebem, fazem sexo sem parar, analisam para criticar, criticam sem analisar, odeiam e fingem que desprezam, brigam, escrevem em blogs, colocam frases de impacto no msn e reclamam loucamente pelo twitter ou qualquer outra rede social como se fosse a solução do problema. Mas não é (ohhhhhhhhhhh).
É uma maneira de se desviar do real problema ou, num plural bem aplicado, dos reais problemas.
Não é nem um pouco confortável se achar impotente diante de problemas. Daí surgem dois grupos: os que tem consciência de sua impotência e descontam a frustração de maneira explícita; e aqueles que não sabem do que são incapazes e se enganam.
O prazer da vida está nesse escape, seja ele o cigarro que você fuma ou a sensação de que seu trabalho ajuda a fazer um mundo melhor.