4 de dezembro de 2011

21 de outubro de 2011

Steve Jobs abreviado pelo Misticismo

Steve Jobs rejeitou cirurgia que poderia salvá-lo

"Ele tentou se tratar com dieta, tratamentos espirituais, tentou macrobiótica e não fez a operação. Acredito que foi aquele tipo de pensamento de que se você ignora algo, se você quer que algo não exista, coisas mágicas podem acontecer”, afirmou Isaacson na entrevista.

Um grande nome da tecnologia morreu um pouco mais cedo por ter negado a ciência médica.
Tratamentos alternativos são realmente tão inofensivos quanto são ineficazes?

1 de outubro de 2011

Calaram-me a boca

Depois de desabafar instintivamente, a três posts atrás, sobre o ceticismo com o ser humano, ontem tive o deleite de assistir uma palestra do Professor Miguel Nicolélis (já citado nesse blog antes).

Ele mostrou, mais uma vez, que a minoria com verdadeiras boas intenções, apesar de continuar sendo minoria, consegue fazer uma diferença maior do que a esmagante corja de desonestos.

E assim me calei, com um sorriso no rosto e uma esperança enorme, porém com os pés no chão. Como todo bom cientista gosta.

22 de setembro de 2011

18 de setembro de 2011

Arte para quê?

Você precisa de uma equipe de saúde para te ajudar quando você estiver doente.
Você precisa do trabalho de engenheiros para morar, ter esgoto, se deslocar com mais facilidade, comprar comida sem ter que plantar, ter gás, etc.
Você precisa de lideranças para montar regras que facilitem a convivência social (os anarquistas que me desculpem).
Você precisa de professores para que o conhecimento sobre essas coisas anteriores se perpetue.
Você precisa de pesquisadores para poder saber mais coisas novas sobre coisas antigas.

Você precisa de quadros para...
Você precisa de música para...
Filmes, fotografias, teatros, moda...
E se não existisse essas últimas coisas?

Você viveria. Não viveria?

Viveria?

15 de setembro de 2011

Meu ceticismo com o homem se justifica.

O Governo é uma tentativa de organização social, para que possamos todos viver em relativa harmonia, organização e que a podridão que surge em qualquer grupo com mais de 3 pessoas possa ser amenizada.

Porém, tudo se desvincula da boa intenção inicial e se transforma num sistema mais podre ainda de tentativa de controle com o objetivo final de acumular dinheiro. Simples assim! Afinal o egoísmo facilmente vence o altruísmo, como acontece com todo animal existente conhecido nesse planeta.


Quantos vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores, etc, preferem verdadeiramente o bem social antes do bem individual?

Eles mexem com dinheiro público, que tem dono e não tem, ao mesmo tempo. Quando acham uma oportunidade de usá-lo, mesmo que sejam coisas aparentemente inofensivas: fazer uma ligação para falar com a mulher, pegar um carro disponível para fazer uma viagem a passeio, etc. Eles fazem, sabendo que alguém nessa história está sendo lesado, mas que "dá para passar". Já que não tá matando, nem roubando à mão armada, a pessoa nem sabe que está sendo lesada.

Isso aí todo mundo já sabe e repete enfadonhamente, seja em filmes ou em textos demagógicos, semelhantes a esse que estás a ler. Porém, o triste da história (e quase sempre esquecida) é que eu e você, os cidadãos que não se metem em cargos políticos, fazemos coisas semelhantes.

Aquele filme que você assiste antes mesmo de sair no cinema, aquela tv por assinatura baratinha, que seu amigo técnico ofereceu, o gato na energia, a compra no camelô, o videogame destravado e outra infinidade de coisas que MUITO PROVAVELMENTE você fez ou viu alguém próximo fazendo.


Então me entristece muito, saber que aquela pessoa que, assim como você:

  • se indigna toda segunda-feira após uma matéria do CQC no congresso nacional;
  • assiste bestificado uma Jaqueline Roriz roubar descaradamente e ser absolvida;
  • vê e não entende como um Collor e um Sarney são repetidamente re-eleitos pelo povo;
  • (ad infinitum)
Faria a mesma coisa que aquele governante filho da puta está fazendo agora. Porque o bem coletivo parece distante demais da realidade do seu conforto imediato. E você sabe que sua atitude isolada não vai mudar o mundo e acha que convencer os demais é utopia. Aí falta o estímulo para fazer as coisas corretamente. Até o ato de jogar um pedaço de plástico numa lixeira se torna uma imensa perda de tempo, pensando dessa maneira.

Será mesmo que só reclama quem tá fora da brincadeira?
Não, claro que não. Jamais eu cometeria tamanha injustiça generalizando aqui. Existem sim pessoas dignas, existem até políticos de caráter, mas eu falo numa certeza tão cega que parece burra: esses fazem parte da minoria.

Um pensamento desse não é polêmico. É apenas um chute no estômago. Eu desconfio de toda boa intenção por uma questão de inteligência e não de pessimismo.


"Ele vem carregado até o talo de boa intenção.
Vai ter boa intenção assim no inferno!" (Mundo Livre S.A.)

1 de setembro de 2011

Tapa na cara da sociedade

É, ultimamente venho postando muitos vídeos. Além da falta de tempo, também estou passando por mudanças que me desencorajam de elaborar outros tipos de postagem, por enquanto.

Continuando o costume, aqui vai um daqueles vídeo longos, mas esse é importante porque bate na cara de pessoas que consideram a formação acadêmica como única maneira de "ser alguém na vida". É dividido em dois vídeos, mas o pensamento principal encontra-se no segundo.

Eu mesmo apanhei feio aqui. Um daqueles que faz você repensar muitos conceitos!




5 de agosto de 2011

1 de agosto de 2011

Um bom som sem palavras

Existem músicas que já na primeira vez que a gente ouve, curte e não pára de ouvir repetidamente. Assim é o som da banda Sex on the Beach.



Quem curtiu o som, vai lá no blog deles e baixa o EP. Recomendo muito!

27 de julho de 2011

Sam Harris - "A moralidade cristã é psicótica?"

De tanto já ter discutido o assunto, às vezes não suporto mais ver vídeos sobre ele, porque pra mim é chover no molhado. Mas Sam Harris, nesse vídeo abaixo, explora de maneira calma e clara o que há na lógica cristã que deve ser reanalisada.

Enjoy!

14 de julho de 2011

Combo da Retórica

Comentário sobre palestra falando da Dengue:


Comentário sobre a venda de sorvetes:


Comentário sobre a crise da Palma:


Falando sobre o primeiro supermercado que vem à cabeça:


Definitivamente eu não canso de ver esses vídeos!

11 de julho de 2011

FIlosofia de Noel Rosa por Chico Buarque

"Quanto à você, da aristocracia
que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava dessa gente, que cultiva a hipocrisia."

5 de junho de 2011

Liberdade Vigiada

"A gente pensa que vive num lugar onde se fala o que pensa, mas eu não conheço esse lugar.
A gente pensa que é livre pra falar tudo que pensa, mas a gente sempre pensa um pouco antes de falar"



Tá aí a Marcha da Liberdade e o protesto pacífico dos Bombeiros para servir de exemplo.

31 de maio de 2011

Rowan Atkinson denovo

Sabe aqueles episódios dos desenhos da Disney onde o Pateta fazia tudo que um Narrador dizia? Aqui é algo semelhante, mas numa versão mais adulta. Muito engraçado!

OBS: Apenas em inglês, sem legendas. =/

30 de maio de 2011

Easy Targets

Quem aqui vos escreve não é um profissional, não é uma pessoa com títulos, não é um "homem de bem" de acordo com os padrões sociais vigentes no Ocidente. É um cara que se interessa por assuntos que vão além de sua atividade profissional e geralmente fazem parte de minorias, contracultura ou, como a mídia prefere chamar, polêmicas. É meu id falando e não meu ego.

E há uma coisa que às vezes me incomoda: o ataque contínuo aos alvos-fáceis. O alvo-fácil é o ponto de partida para uma construção de opinião, aquela visão esteriotipada do problema, é importante no despertar do raciocínio, contanto não se deve parar nele e ignorar o resto.

Por exemplo. É fácil ouvir, falar e fazer piadinhas sobre igrejas evangélicas. A primeira coisa que você geralmente ouve (de um não-evangélico, claro) é o comentário sobre o dízimo, que já emenda na opinião de que os pastores são charlatões e termina no diagnóstico lógico e simplista, "são todos ladrões". Não, não sou fã de R.R. Soares, nem digo que são todos honestos. Mas quando se escuta uma acusação dessas de maneira tão automática é, no mínimo, tendencioso.

Ariano Suassuna e companhia detestam estrangeirismos linguísticos, principalmente quando são em Inglês, pois afirmam que tira a identidade da língua. Nação Zumbi, banda pernambucana, utiliza estrangeirismos em Inglês e é um dos grupos com mais identidade que conheço nessa vida.

Falar em Inglês é coisa de Yankee capitalista. Falar Francês é chique.

Para abrir a boca e generalizar uma questão precisa-se de cuidado. E esse cuidado só surge a partir de uma observação detalhada, feita no intuito de não gerar comentários injustos. Infelizmente, não é a prática da maioria.

Então ouvimos críticas automáticas sobre assuntos recorrentes. E isso nem sempre ocorre apenas de um lado da opinião. É mais fácil ficar em um dos extremos (seja a favor ou contra) do que encarar o equilíbrio dos fatos.

1. "A novela fala de problemas da atualidade" X "A Globo é manipuladora"
2. "Brasileiro não desiste nunca" X "O brasileiro é preguiçoso"
3. "A maconha é ruim e vicia" X "A maconha é natural e não faz mal"
4. "O problema do mundo é a falta de Deus no Coração" X "A religião é o ópio do povo"
5. "Ser gay é doença" X "Ser gay é normal"
6. "Aborto é assassinato" X "O corpo é da mulher, ela decide o que vive dentro dela"
7. "PSDB" X "PT"
8. "Capitalismo" X "Comunismo"
9. "Orkut" X "Facebook"
...

Essa lista possivelmente é infinita, assim como pareceu ser esse texto quando você foi verificar o tamanho antes de ler. Sei que nem sempre é fácil ficar no centro, no equilíbrio, considerando todos os fatores e tentando ser o mais justo possível. Um posicionamento mais agressivo se faz necessário em alguns casos. Eu faço isso e já fiz muito nesse próprio blog, inclusive.

No entanto, quando você estiver sendo agressivo defendendo a legalização/proibição das drogas ou do aborto, quando tiver raiva de uma pessoa e pensar que é pelo fato dele ser ateu ou crente, saiba que seu argumento, antes de tudo, é injusto, limitado, logo, não-possuidor de uma verdade incontestável. Sabendo disso, abra a boca à vontade, que você vai acabar falando menos besteira, mesmo sem querer.

26 de maio de 2011

Uma Teoria Sexual Empírica

Existe uma lenda que fala da existência de dois tipos de homens:
1. os que acham duas mulheres se pegando bonito e;
2. os que acham duas mulheres se pegando bonito e não admitem ao público.

Ao ouvir isso, saí perguntando a homens e mulheres sobre a opinião visual deles em relação a duas mulheres se beijando e a dois homens se beijando. Curiosamente, quando se fala em dois homens se beijando, para maioria das mulheres a recíproca não é verdadeira.
Após muitas respostas, ao longo de anos, cheguei a uma teoria (leiga, determinista e que reside sob uma ótica heterossexual) há um tempo, que comentei com alguns amigos e agora publico nesse blog.


Para o homem heterossexual, o que o atrai a uma mulher - sexualmente falando - é o lado devassa da mesma. Pois uma mulher ideal para um homem na cama é aquela que topa tudo (ou quase tudo) e não possui pudor algum. Permitindo o homem ter uma liberdade sexual na cama que não assuste a parceira, ou melhor, que até a excite.

Para uma mulher heterossexual, o que a atrai a um homem - também sexualmente falando - é a masculinidade do mesmo. Durante o ato, a mulher não quer um cara comentando que tem medo de baratas ou de trovões. Ela quer um representante esteriotipado do gênero masculino, seja pra dominá-lo ou ser dominada por ele.

Então, na cena de duas mulheres se beijando, a imagem passada é que o lado devassa dessas mulheres é forte e que elas provavelmente não terão receio de demonstrar seus desejos na cama. É uma representação do desejo sem pudor, um prato cheio para o homem.

Em compensação, a partir do momento que um homem beija outro homem, a imagem da masculinidade dele, que é o prato cheio para a mulher, vai por água abaixo. Portanto, os dois homens se beijando não causa atração sexual feminina porque o ponto principal de atração não é fortalecido e, sim, desconstruído.

Maioria das pessoas que eu comentei isso concordaram comigo. E você, o que acha ?

P.S.: Só salientando mais uma vez: não me embasei em nenhum teórico, não estou dizendo que é uma regra geral sem excessões e também só estou tratanto por uma perspectiva heterossexual. Enão não me entendam mal os homossexuais e os pesquisadores acadêmicos da mente humana.

24 de maio de 2011

Ceticismo Machadiano

"Eu, porém, vos digo que não jureis nunca a verdade, porque a verdade nua e crua, além de indecente, é dura de roer; mas jurai sempre e a propósito de tudo, porque os homens foram feitos para crer antes nos que juram falso do que nos que não juram nada. Se disseres que o sol acabou, todos acenderão velas".



Extraído do conto "O sermão do Diabo" de Machado de Assis.

16 de maio de 2011

13 de maio de 2011

Bin Laden não morreu!

Está apenas camuflado!


E vocês aí achando que era aquele personagem de um livro de ficção famoso... Não, não é o Jesus.

7 de maio de 2011

Simetria

De acordo com o Houaiss, simetria é: "semelhança entre duas metades".



É... o final consegue ser ainda melhor.

29 de abril de 2011

"Sabe com que você está falando?"

A proposta desse blog é ser objetivo e de fácil leitura e, particularmente, também servir de um local para vomitar quando acordo filósofo e uma ótima maneira de eu arquivar as coisas que vi e achei interessante.

Vez ou outra aparece um vídeo aqui com mais de 4 minutos e eu sei que eles são vistos bem menos do que outros vídeos de 40 segundos, mas se o coloco aqui, é porque considero que vale muito a pena dar uma pausa no seu mp3, que tá rolando nas alturas, para assistí-lo.

Esse vídeo é mais um dos longos, porém muito bons. É parte de uma palestra de Mario Sergio Cortella provavelmente no auditório de um banco. Ele demonstra a existência humana numa perspectiva engraçada, semelhante ao do vídeo Hubble Deep Field, já postado aqui anteriormente. Muito bom!




"O vice-treco do subtroço"
Dica de Clementine Tangerine.

26 de abril de 2011

Casamento [Sur]real

Essa semana, na Inglaterra, haverá o casamento real. E...



...daí?

Gaddafi vai renunciar e o governo da Síria parar de matar civis... NOT!
Mídia lixo é assim, passa o dia falando dessa #ORGIAREAL .

17 de abril de 2011

Efeito Placebo em poucas palavras

Um vídeo, sucinto e extremamente bem feito, sobre o efeito placebo. Esse misterioso efeito que demonstra como a sugestão tem poder sobre a mente humana (e como essa idéia pode ser mal-interpretada).

16 de abril de 2011

3 de abril de 2011

FYI

As coisas andam meio paradas por aqui. O trabalho está tomando a disposição e parte da inspiração para escrever, mas acabará em algumas semanas e voltarei a ser gente. Ou não.

20 de março de 2011

Continuar Respirando

A consciência de estarmos vivos, aliada à certeza de que um dia morreremos, torna a existência bem difícil, às vezes. Principalmente quando se tem um acúmulo de decepções, de erros repetidos, de pessoas egoístas a seu redor e quando parece que viver é continuar presenciando esses desprazeres periodicamente.

Quando você não faz uso das muletas da religião, nem do delírio da crença em um ser que "escreve certo por linhas tortas" (como reza a lenda), fica bem complicado encontrar motivos para querer continuar vivendo numa situação dessas.

Porém nem tudo está perdido. Ainda existe a arte; e essa pode vir carregada da filosofia que você necessita. O título desse post é referência à cena do filme "O Náufrago" (Cast Away, 2001), serve bem em momentos de tristeza profunda que a auto-destruição (do filme "Clube da Luta") não parece te ajudar. Não achei um vídeo com legenda e o com audio original está muito baixo, porém vou apenas escrever aqui a fala do personagem principal, que já serve.

(A fala se dá quando ele comenta com um amigo sobre uma situação ocorrida quando estava na ilha e achava que não iria nunca sair de lá)

"Então, eu peguei uma corda e fui até o topo do penhasco para me enforcar
Eu tinha que testar, você me conhece.
(Ele testou amarrando um pedaço de madeira a uma árvore e jogando)
E o peso do tronco quebrou o galho da árvore
Então eu... eu não podia nem me matar da maneira que eu queria. Eu não tinha poder sobre nada. (...)
Foi quando esse sentimento veio sobre mim, como um lençol me aquecendo
Eu soube que, de alguma maneira, eu tinha que ficar vivo. De alguma maneira, eu tinha que continuar respirando.
Mesmo sem haver nenhuma razão para se ter esperança.

E toda minha lógica disse que eu jamais veria minha casa denovo.
Então foi o que eu fiz... eu continuei vivo. Eu continuei respirando.
Minha lógica se mostrou errada, porque a maré veio e me trouxe uma jangada.
E agora aqui estou, de volta em Memphis, conversando com você. Eu tenho gelo no meu copo! Mas minha esposa não me ama mais(...)

E eu sei o que devo fazer agora... Eu devo continuar respirando.
Porque amanhã o sol irá nascer. Quem sabe o que a maré poderá trazer?!"

Para alguns pode parecer triste, mas eu não acho. Essa cena, esse pensamento, esse diálogo, já salvou vidas, de verdade.

14 de março de 2011

Miguel Nicolelis e a inspiração científica

Eu considero a Ciência de fundamental importância para a existência humana porque acho que ela é o transformador social mais belo e bem trabalho que existe até o momento. Nos meus devaneios, um trabalho científico é comparável à uma obra de arte: precisa-se de inspiração, talento, dedicação e muito cuidado.

Porém, essa é uma idéia que nem todos cientistas compartilham. Digo isso, pois acabo de me formar em uma universidade pública brasileira e colecionei inúmeras decepções com maioria de meus professores, pessoas essas que deveriam ser os representantes do conhecimento científico e não apenas gozar de títulos e da relativa tranquilidade de um emprego estatal/federal efetivo.

Eu que me apaixonei pela Ciência ainda adolescente, morando e estudando em Campina Grande, uma cidade do interior da Paraíba, parecia utopia eu um dia encontrar pessoas aqui por perto que compartilhassem da mesma filosofia. E pensar em pesquisar em um laboratório de verdade, com recursos mínimos disponíveis, aplicando estudos com desenhos metodológicos bem preparados, era um delírio dos grandes.

Porém um dia, por um professor da UFPE que acabei conhecendo através de um grupo de pesquisa, ouvi falar do cientista e professor Miguel Nicolelis. Quando fui pesquisar mais sobre o cara, não só me impressionou as credenciais e prêmios que ele tem, porém o fato dele realizar um trabalho espetacular no estado do Rio Grande do Norte, logo aqui no Nordeste, vizinho a meu estado.

Passei a acompanhá-lo pelo twitter (lugar onde ele é bem participativo, diga-se de passagem) e sempre virava pauta de conversas que eu tinha com um amigo meu, parceiro de idéias e filosofias, que também passou a ser grande admirador de Nicolelis.

E eis que hoje, passando pelo Youtube, tropecei em um dos muitos vídeos dele. Os dois desse post em especial são a primeira e segunda parte de uma aula inaugural na UnB, chamada de "Aula da Inquietação". Que eu chamaria de Aula da Inspiração.

Se você, leitor, estiver na mesma situação do autor desse blog, que se encontra desestimulado com a maneira que as pessoas encaram a Ciência, que às vezes acha que a vontade de ser um cientista de verdade foi querer sonhar alto demais e que se vê como um solitário no meio de um país tão populoso; os 14 minutos desses vídeos não serão poucos pra dar um toque de esperança e fazer você reacreditar que a Ciência pode sim mudar a realidade do nosso país e que existem pessoas dispostas a isso.








"Mesmo o fracasso na perseguição de um sonho impossível vale a pena"

3 de março de 2011

Piada Pronta

Pacote de maconha é abandonado em guichê na rodoviária de Campina Grande


"O gerente suspeita que o produto tenha sido esquecido por algum passageiro que seguia para João Pessoa"


Nada como um esteriótipo numa notícia dessas.

23 de fevereiro de 2011

Sobre Egito, Líbia, Brasil & Cia.

Espero eu não ser o único bestificado com toda essa crise nos países africanos. É estranho dizer isso diante de tanto sofrimento e morte, mas digo que fico feliz em observar que as pessoas estão se revoltando contra regimes totalitários.

Na verdade, estranho mesmo são as pessoas nas redes sociais virtuais do Brasil dizendo o tempo inteiro coisas do tipo: "vamos tomar o Egito como exemplo", "enquanto os africanos agem, ficamos parados esperando", etc. Quando não é com o objetivo de fazer piada, eu acho um tanto de demagogia sair comparando a situação política do Brasil com a desses países e afirmar que a situação é a mesma.

Não, eu não sou satisfeito com o cenário político nacional porque, na minha leiga e desvalorizada opinião, as pessoas que estão no poder são despreparadas, desonestas e egoístas demais para serem representantes de uma nação, estado, cidade ou até um bairro. Porém, como dizia um grande professor de História que tive, Fábio Freitas, a diferença de se viver num regime totalitário para uma democracia é que nesta última, se você só tiver capim pra comer, você pode comê-lo e reclamar, se ele tá mal cozinhado, sem sal, desbotado, etc, sem ter que ser preso por isso.

No primeiro grito que alguém da Líbia deu, desligaram a internet, desreipeitaram jornalistas e mataram civis aleatoriamente. E mesmo assim eles ainda estão lutando e querendo a saída do sósia de Joel Santana, o Gaddafi.

Eu já viajando um pouco na situação, lembro agora das reportagens e pessoas falando do ano 1968, que é possuidor de um saudosismo enorme por parte dos "revolucionários" (principalmente os estudantes universitários), pois é um ano lembrado como divisor de águas em termos de mudança, inciado devido a uma onda de protestos na França.

As perguntas que ficam rondando na minha cabeça nesse momento de opinar usando o senso comum são:
1. Uma onda de protestos na África, vai também deixar seus frutos numa escala mundial?
2. Os frutos deixados pelo ano de 1968, influenciam diretamente até hoje o cenário político do Brasil?
3. Esse texto vai fazer alguma diferença nessa situação toda ou terá o mesmo impacto que uma twittada ao estilo #foraSarney (ou seja, nenhum)?


Liberdade de verdade nós não temos, mas posso publicar esse texto aqui sem temer por um sequestro mandado pelo governo brasileiro. Isso já é alguma coisa. Isso é o que os Africanos estão querendo agora.

7 de fevereiro de 2011

James Randi

Depois de saber sobre a overdose homeopática que alguns brasileiros iriam tomar em público para demonstrar os efeitos desse pseudo tipo de medicamento (para saber mais, clique aqui), lembrei-me dele, o cara que representa o ceticismo e o questionamento científico da melhor maneira possível, que já fez diversos desafios a pessoas que se dizem ter poderes sobrenaturais e ainda nos garante boas risadas na sua fala.

Para quem não conhece, aqui vai James Randi. Para quem já conhece, certamente vai querer assistir esse vídeo mais uma vez.

ATENÇÃO! O Ministério das Redes Sociais Virtuais adverte: vídeo acima de 10 minutos prejudica sua comunicação via gtalk, twitter, msn, facebook, etc, por 10 minutos ou mais.



Para legendas, vá em "view subtitles" e escolha "Português (Brazil)"

4 de fevereiro de 2011

3 de fevereiro de 2011

Richard Dawkins - Fé x Ciência

É assim que Richard Dawkins faz um esboço da diferença entre o método científico e a fé religiosa.
Quando terminar de assistir me diga se não é melhor, numa aula de Metodologia Científica, assistir isso do que ficar lendo regras da ABNT?!

2 de fevereiro de 2011

Metade Luz, Metade Sombra

Quantas pessoas somos dentro de uma só? A oscilação de sentimentos, as mudanças de opiniões, a música que você ouve hoje e não gosta mais amanhã. A busca pela estabilidade, com dinheiro, saúde e amor, perde lugar para a autodestruição da luxúria e drogas, lícitas ou não, nos momentos que se chamam de "divertidos".
O desrespeito à saúde ao tomar um gole de cachaça, a demonstração escondida de egoísmo ao se desejar uma pessoa, a culpa incrustada no desejo de se ter perdão ao rezar.

Afinal, somos o que demonstramos ou o que omitimos? Somos ambos. Não é nenhum tipo de dupla personalidade ou esquizofrenia, é a essência humana, de origem animal. É como observar uma praia bonita, com copos de plástico sujos pelo chão, estragando a vista.

Somos metade luz, metade sombra, mais vivas do que nunca.


"Our shadows taller than our souls" (Led Zeppelin)

Foto por Vincent Vittecoq.

13 de janeiro de 2011

5 de janeiro de 2011

Pulseira da Falácia

Há alguns meses saiu a notícia de uma pulseira do equilíbrio Power Balance que fez muito sucesso. Os fabricantes afirmavam que a tal pulseira melhorava a concentração e força física porque continha "um holograma quântico" que otimizava a "fluência energética do corpo". Isso foi uma maravilha para os místicos de plantão.
Inclusive muitos dos meus amigos fisioterapeutas e estudantes de fisioterapia saíam comentando dessa pulseira como A Novidade do Mundo, que resolveria problemas de equilíbrio e tinha sim efeito, porque ele/ela próprio(a) sentiu os efeitos!



Basta um pouco de conhecimento científico para verificar a balela que essa pulseira é, porém, como tenho uma experiência que me trazem memórias não muito boas de argumentar com pseudocientistas e simpatizadores da distorção científica, calado estava, calado fiquei.

Aí abro agora um site e vejo:
Fabricante admite: pulseira ‘quântica’ não tem efeito

E sabe o que é mais triste nisso tudo?
É saber que o fabricante não precisava admitir o charlatanismo para essa idéia ir por água abaixo. O necessário mesmo era uma atitude mais simples: estudar.


"Buscamos a luz, mas contemplamos a escuridão" (infelizmente)